Humildade e Orgulho

Um Sábio relatou: "Certa vez quando viajava de navio, desabou uma violenta tempestade e por sorte conseguimos chegar ao abrigo de uma baía protegida. Quando o temporal passou, deixamos nosso esconderijo e continuamos viagem. De repente, avistamos o casco quebrado de uma embarcação. Chegando mais perto, percebi que se tratava justamente do navio no qual um grande mestre estivera navegando. Meu coração, abalado, encheu-se de dor.

"Qual não foi a minha surpresa quando, ao desembarcar, corri para a Casa de Estudos e ali avistei, sentado, ensinando pacientemente os seus discípulos, o venerável Mestre!

"Mestre!" – gritei – "conte-me como escapou da tempestade, se eu vi com meus próprios olhos o casco da sua embarcação que naufragava?"

De maneira respeitosa, como era o seu costume, ele respondeu:

"Um pedaço de madeira flutuou perto de mim, quando o mar estava a ponto de me engolir. Agarrei-me a ele e com a ajuda de D’us, subi e pude voltar para casa."

"Mas Mestre, conte por favor, como não foi tragado pelas ondas gigantescas que afundam navios inteiros, para não dizer um minúsculo ser humano flutuando num pedaço de madeira?"

Disse ele:

"Eu inclinei a cabeça diante de cada onda."

Cuidado com o orgulho, pois de fato não existe nada que possa realmente chamar de seu para justificar a soberba: nem riqueza, beleza força ou inteligência são méritos seus. Lembre-se, tudo que você possui é uma dádiva de D’us.

Você diz que foi aplicado, trabalhou muito e por fim conseguiu o sucesso. É verdade que sem dedicação e muito trabalho não teria chegado a lugar algum. Mas lembre-se de como tudo poderia ter um resultado diferente se a Providência tivesse arranjado as coisas de modo diverso.

Você não foi um pouco mais afortunado, com um pouco mais de "sorte" que seus amigos, que trabalharam tanto quanto você?
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